Expectativas e Receios
O lançamento de Final Fantasy 7 Rebirth para PC gerava uma mistura de ansiedade e expectativa. Por um lado, trata-se de um jogo incrível, mas que poderia se beneficiar de melhorias proporcionadas pela plataforma. Por outro lado, a versão anterior, Final Fantasy 7 Remake, teve um desempenho bastante ruim no PC, o que deixava os jogadores apreensivos. E qual é o resultado desta nova versão? Definitivamente, é uma melhoria em relação ao Remake, mas ainda há problemas variados que precisam ser abordados. Em resumo, poderia ser muito melhor.
Experiência do Usuário
Vamos começar analisando a experiência do usuário em termos de configurações e menus. Há um grande espaço para melhorias na apresentação e na organização das opções. Atualmente, o menu não oferece informações claras sobre o efeito das configurações ou o impacto no desempenho. Além disso, faltam funções básicas típicas do PC, como suporte a monitores ultra-wide e a opção de tela cheia, além de limitações nas taxas de quadros, com um máximo de 120 fps.
O suporte ao upscaler também é bastante simples, contando apenas com o DLSS, junto ao TAA e TAAU do Unreal Engine 4. As opções de upscaling de porcentagem fixa são limitadas, não sendo compatíveis com tecnologias como FSR e XeSS. Para quem procura uma experiência mais rica, é importante mencionar os Nexus Mods, onde modders conseguiram adicionar muitas dessas opções ausentes.
Comparações com a Versão para PlayStation 5
As comparações com a versão de PlayStation 5 trazem um misto de resultados. Os jogadores de PC têm a vantagem de melhorar o nível de detalhe, o que reduz a visibilidade de transições do mundo do jogo. Isso é uma ótima notícia. Embora alguns aperfeiçoamentos na iluminação tenham sido notados, em geral, a versão para PC permanece muito semelhante à versão para console.
Com relação à qualidade da imagem, a versão para PC se destaca pelo uso do DLAA, que melhora a reprodução da resolução nativa do DLSS. Porém, a atualização nas texturas é mínima, deixando muitos elementos visuais inalterados.
Desempenho do PC
Por fim, em termos de desempenho, o jogo faz uma compilação de shaders no primeiro carregamento, mas a abrangência é insuficiente. Jogadores com máquinas mais fracas, especialmente em relação à CPU, podem perceber stutters durante o jogo. O problema tende a ser menos aparente em processadores mais potentes, com tempos de quadros mais consistentes na maioria das situações.
Cabe destacar que a quantidade de VRAM pode ser um fator crítico. Ao testarmos com uma RTX 4060, notamos problemas de stutter mesmo nas configurações de textura média, sendo necessários ajustes para que o jogo funcione de forma mais fluida.
Experiência no Steam Deck
Quando testamos Final Fantasy 7 Rebirth no Steam Deck, notamos que, embora seja um jogo “verificado”, a experiência pode ser inconsistente. A taxa de quadros pode atingir 30 fps, mas a sua irregularidade impacta na jogabilidade. Com configurações reduzidas e o uso de upscaling, o jogo se torna jogável, embora a experiência possa ser um pouco agitada, especialmente em áreas urbanas.
Considerações Finais
Em resumo, esta versão para PC supera o Final Fantasy 7 Remake, oferecendo melhorias significativas na qualidade de imagem e na mitigação de transições notórias de nível de detalhe. No entanto, a Square-Enix precisa trabalhar em diversas áreas, principalmente na pré-compilação de shaders e na implementação de upscalers. Para garantir uma experiência mais suave, recomenda-se um processador como um Ryzen 5000 ou um Intel de 12ª geração.
Estamos esperançosos por futuras atualizações que possam melhorar ainda mais a experiência de juego. Compartilhe seus pensamentos nos comentários!