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Mandragora: Whispers of the Witch Tree une dois universos impressionantes – Análise

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Introdução

Um jogo que mistura dois dos gêneros mais populares dos videogames pode ser uma grande promessa. Com sua abordagem que combina aspectos de soulslike e metroidvania, Mandragora: Whispers of the Witch Tree é uma criação que pode colocar a Primal Game Studio, uma produtora húngara ainda em ascensão, nos holofotes do cenário independente.

Se você é fã de ao menos um desses estilos, é importante prestar atenção em Whispers of the Witch Tree. Embora não traga inovações radicais em relação a jogos como Death’s Gambit, Salt and Sanctuary e Ender Lilies, o título tem seu próprio valor a oferecer.

Combate Satisfatório e Desafio Justo

A proposta de Mandragora é equilibrar elementos que caracterizam o que hoje chamamos de soulsvania. O combate, que ocorre em um cenário em scroll lateral, é desafiador e tem um bom senso de peso nos controles. Ele oferece diversas possibilidades de jogabilidade, com uma ampla seleção de classes e builds que podem ser ajustadas.

Por exemplo, você pode criar um piromante que também se destaca em combate corpo a corpo – foi essa a build que escolhi para explorar as quase 50 horas de conteúdo que o jogo oferece. Esse tempo pode até dobrar no Novo Jogo+, e as atividades para fazer vão de completar contratos de NPCs a enfrentar chefes secretos, garantindo muita diversão.

O jogo se destaca pelo seu equilíbrio: a dificuldade está em um ponto que se pode considerar “justo”. As ações de bloquear e esquivar são essenciais durante todo o jogo, mesmo contra inimigos mais simples. O aprendizado vem dos erros, e a perseverança é recompensada.

As “fogueiras” – ou pontos de salvamento – estão presentes, assim como as “almas”, que aqui são chamadas de essências e funcionam como pontos de experiência. Ao morrer, é preciso retornar ao local da queda para recuperar suas essências antes de continuar.

Exploração Estimulante

A exploração é um aspecto crucial em qualquer metroidvania, e Mandragora não decepciona nesse quesito. Ela dita o ritmo do jogo e nos motiva a revisitar áreas já exploradas, especialmente conforme desbloqueamos novas habilidades de movimentação. Embora você possa se sentir perdido em alguns momentos, o mapa é bem construído, indicando zonas de interesse e sugerindo direções para o próximo objetivo.

A recompensa por explorar é uma das partes mais agradáveis da experiência. O jogo oferece baús com armas e equipamentos, além de moedas e materiais preciosos, como forma de gratificar os jogadores curiosos.

A jogabilidade em 2.5D traz desafios de plataforma interessantes, que diversificam a experiência focada em combate. No entanto, os desafios de plataforma não são tão complexos quanto em títulos como Ori and the Will of the Wisps.

História e Narrativa

Diferente de outros títulos do mesmo gênero, Mandragora dedica mais tempo à sua narrativa, que é enriquecida por diálogos entre os personagens (todas as legendas estão em português do Brasil) e intercalada por cutscenes desenhadas à mão. Há documentos e arquivos para descobrir, mas eles servem mais para contextualizar uma história que já está sendo contada.

O enredo segue a jornada de um inquisidor em busca de selar a Entropia, uma força sobrenatural que, ao ser liberada, abriu portais e despertou monstros. Como um dos herdeiros do espírito da Mandrágora, sua missão é expulsar a corrupção que afeta o mundo.

Embora o roteiro tenha sido escrito por Brian Mitsoda, autor de Vampire: The Masquerade – Bloodlines, a história não me envolveu tanto. Isso pode ser devido ao foco do jogo na exploração e no combate, o que acaba deixando menos espaço para um desenvolvimento mais profundo de sua narrativa.

Estética e Design

Apesar de Whispers of the Witch Tree apresentar uma ambientação interessante, com um estilo artístico que lembra títulos como Prince of Persia: The Lost Crown e algumas produções da Vanillaware, o design de inimigos e chefes é um ponto que deixa a desejar.

A estética de fantasia medieval é bem aplicada, especialmente na criação dos cenários, mas pouco se destaca em relação a outros jogos do gênero. O design dos chefes e monstros se apresenta como genérico, o que é raro para um jogo independente que poderia ter mais liberdade criativa.

Vale a Pena? Conclusão

Mandragora: Whispers of the Witch Tree se mostra um soulsvania honesto, respeitando as características do gênero e evidenciando o que torna a união desses estilos tão atraente. Apesar de seu design de personagens pouco inovador, a combinação de combate e exploração é bem feita e conduz a experiência do início ao fim. Contudo, a narrativa acaba sendo um elemento secundário.

Nota: 80

Pontos Positivos:

  • Combate com peso e muitas opções de jogabilidade;
  • Mundo amplo e interconectado;
  • A exploração recompensa o jogador;
  • Sistema de progressão robusto;
  • Conteúdo abundante.

Pontos Negativos:

  • Falta de originalidade no design de monstros e personagens;
  • A história, embora tenha seus momentos, é, no geral, esquecível.

Mandragora: Whispers of the Witch Tree foi gentilmente fornecido pela Primal Game Studio para análise em PS5 Pro. O jogo já está disponível no PC, PS5 e Xbox Series S e X, com uma versão anunciada para Nintendo Switch.

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