Diretor de Indiana Jones and the Dial of Destiny culpa os fãs pelo fracasso do filme.

Reflexões sobre “Indiana Jones and the Dial of Destiny”

Após o lançamento de Indiana Jones and the Dial of Destiny em 2023, a recepção negativa e o desempenho insatisfatório nas bilheteiras levaram o diretor James Mangold a refletir publicamente sobre o filme. Com um custo estimado em cerca de 300 milhões de dólares e uma perda superior a 140 milhões, as expectativas não foram atendidas, levando a discussões sobre as possíveis causas desse resultado.

Dificuldades em Agradar aos Fãs

Em declarações a um meio de comunicação, James Mangold comentou que parte da responsabilidade pelo fracasso do filme poderia ser atribuída à dificuldade em agradar aos fãs da saga. Ele destacou que o envelhecimento de Harrison Ford, que interpretou Indiana Jones aos 80 anos, foi um desafio significativo. Segundo Mangold, a expectativa dos fãs em ver seu herói numa fase tão avançada da vida não era algo para o qual eles estavam preparados. Ele afirmou que “independentemente do que fizéssemos, não ia satisfazer os fãs”. Para o diretor, o tema central do filme era a exploração do fim de uma jornada e a aceitação do envelhecimento, algo que, na sua visão, foi rejeitado por alguns espectadores.

Críticas ao Desenvolvimento da História

O descontentamento entre os fãs, no entanto, não se limitou à idade do protagonista. Muitas críticas também se dirigiram às mudanças no desenvolvimento da história, em particular à personagem de Helena, interpretada por Phoebe Waller-Bridge. Nos primeiros roteiros, Helena teria substituído Indiana Jones, o que foi considerado por muitos como uma ameaça ao legado da personagem original.

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Impacto das Exibições e Gestão da Lucasfilm

Outro fator que contribuiu para a recepção morna do filme foi sua exibição no Festival de Cannes, onde as reações da crítica foram pouco entusiásticas. A necessidade de refilmagens e a percepção de que o filme estava preso a fórmulas tradicionais também impactaram negativamente a imagem da produção. Além disso, a crítica à gestão da Lucasfilm, liderada por Kathleen Kennedy, que já havia enfrentado descontentamento com outros projetos como Star Wars e Willow, gerou um clima de desconfiança entre os fãs mais tradicionais.

A Intenção de Mangold

James Mangold enfatizou que, apesar das críticas, sua intenção era desenvolver uma narrativa coerente e emocionalmente significativa, refletindo sobre a inevitabilidade do fim das jornadas heroicas de Indiana Jones. Ele disse: “Temos um ator maravilhoso e brilhante que está na casa dos oitenta. Fiz um filme sobre alguém com essa idade, mas o público, por outro lado, não quer confrontar o seu herói com essa idade. E eu penso: ‘Não me importo com isso. Fizemos o filme’. A questão é: como o público poderia ter ficado satisfeito com isso, a não ser começando de novo com um novo tipo?”

Ele prosseguiu afirmando que encontrou apoio de heróis de sua infância e como isso foi uma “experiência alegre, mas dolorosa”. Mangold expressou seu desejo de que o público aceitasse Harrison Ford como ele é e como essa aceitação está interligada à mensagem do filme: a vida é feita de começos e fins.

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