O Lançamento de Assassin’s Creed Shadows
Depois de vários meses de polêmicas e adiamentos, finalmente o jogo Assassin’s Creed Shadows foi lançado no dia 20 de março. Disponível para PS5, Xbox Series X, Xbox Series S e PC, o título recebeu uma recepção positiva, alcançando uma média de aproximadamente 81 no Metacritic e no OpenCritic.
Diversos influenciadores e canais no YouTube compartilharam suas opiniões sobre o jogo, com poucas análises negativas. Um exemplo é a avaliação feita por Diego Borges, que atribuiu uma nota de 88 ao jogo. A análise completa pode ser conferida em várias plataformas.
Promoção ao Estilo Tokusatsu
Para celebrar o lançamento, a Ubisoft Brasil criou um vídeo que homenageia o estilo **Tokusatsu**, um gênero japonês repleto de ação e efeitos especiais, como visto em produções como Kamen Rider e Power Ranger. O vídeo ganhou um toque nostálgico com a participação de Edu Falaschi, ex-vocalista da banda de power metal Angra, que canta a música tema.
Comentários Preconceituosos e Reações Negativas
Embora o vídeo tenha sido amplamente elogiado, alguns comentários preconceituosos surgiram, direcionados à apresentadora e influenciadora Thais Matsufugi, associando seu gênero a uma ofensa. Esses comentários revelam um ataque direcionado a profissionais que estão, de alguma forma, envolvidos no assunto.
É notável que há um grupo que tende a criticar jogos com representações específicas, indicando que uma parte do público tem uma predisposição em desmerecer certos títulos. Essa cultura de ódio pode se espalhar rapidamente na internet, alcançando até aqueles que, em algum momento, também contribuíram para isso.
Hipocrisia e Contradições nos Comentários sobre Jogos
O sucesso de determinados jogos também levanta discussões sobre a narrativa que é construída em torno deles. Um exemplo recente é Monster Hunter Wilds, que gerou polêmicas por ter uma personagem feminina com uma armadura mais “masculina”. Mesmo assim, três dias após o lançamento, conseguiu vender 8 milhões de cópias, tornando-se o maior sucesso da história da Capcom. É curioso notar como jogos que são considerados “lacradores” muitas vezes alcançam grande sucesso.
Outro exemplo é Split Fiction, que apresentou duas protagonistas femininas. Apesar das críticas iniciais, o jogo vendeu 2 milhões de unidades em sua primeira semana de lançamento, mostrando que a audiência busca jogos com jogabilidade envolvente, independentemente da representação de gênero.
Ademais, existem títulos que enfrentaram críticas por serem rotulados como “lacradores”, mas que falham em outros aspectos, como enredo ou jogabilidade. Um exemplo é Dragon Age: The Veilguard, que recebeu críticas não pela questão da representatividade, mas sim pela sua construção narrativa.
Representatividade nos Jogos
Atualmente, a indústria dos jogos tem se tornado mais diversa e inclusiva. Isso ocorre porque a ficção muitas vezes reflete a realidade, e muitos criadores estão obtendo mais espaço e destaque. Uma pesquisa da IGDA revelou que apenas 24% das pessoas empregadas na indústria são mulheres, 3% são não-binárias e 2% são negras. Contudo, nomes como Neil Jones e Dinga Bakaba estão fazendo a diferença e mudando o cenário dos jogos.
Retomando Assassin’s Creed Shadows, o jogo trouxe um aspecto que gerou controvérsia: um dos protagonistas, Yasuke, é um samurai negro que realmente existiu. A criação de uma narrativa que comprove sua veracidade histórica gerou debates acalorados, revelando uma resistência a reconhecer a diversidade nas histórias contadas nos videogames.
Esse tipo de situação coloca em evidência a luta contra o racismo e outras formas de preconceito que ainda persistem na sociedade. É fundamental promover um ambiente onde todos possam se sentir representados e à vontade para jogar.
Conclusão
Os videogames são uma forma de arte e cultura, e devem ser acessíveis e inclusivos para todos. Convidamos você a compartilhar suas opiniões nos comentários sobre como a representatividade pode ser melhorada na indústria dos jogos.