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    Kingdom Come Deliverance 2: A Evolução que a Franquia Sempre Mereceu – Análise

    Introdução

    Kingdom Come Deliverance foi um amor à primeira vista para mim em 2018. Esse jogo me motivou a montar um PC, pois meu antigo notebook só conseguia rodá-lo a 10 frames por segundo. Depois de alguns meses, consegui montar minha máquina e o game se mostrou exatamente como eu sonhava, mesmo apresentando alguns problemas compreensíveis para um projeto que iniciou sua jornada no Kickstarter, com apenas 11 desenvolvedores na equipe.

    Agora, 6 anos depois, Kingdom Come Deliverance 2 está disponível, prometendo entregar tudo o que o time inicial sonhava, mas agora com uma equipe de 250 pessoas. Tive a oportunidade de jogá-lo antecipadamente e vou compartilhar minhas impressões nesta análise.

    AUDENTES FORTUNA IUVAT!

    Como fã do primeiro título, trago aqui uma análise que reflete essa perspectiva. É importante mencionar que o jogo tem características que podem não agradar a todos, principalmente seu empenho em apresentar o realismo da vida medieval em suas mecânicas de gameplay. Eu esperava muito por essa sequência, o que gerava um certo receio de que ela não superasse a experiência anterior.

    Para minha surpresa, todas as minhas expectativas foram superadas. Kingdom Come Deliverance 2 conseguiu se destacar em todos os aspectos. Desde as mecânicas até os menus, a história, os personagens, as missões e o combate foram aprimorados. O jogo realmente parece ser a realização do que a Warhorse Studios desejava desde o início, especialmente em relação à trama, que agora enfatiza mais a guerra na Boêmia do que as questões mundanas de nobres e camponeses.

    O Enredo

    A história começa exatamente onde paramos no primeiro jogo, com Henry e Hans Capon em uma missão para entregar uma mensagem de paz a Otto von Bergow em Trosky, uma cidade distante de Rattay. Sem revelar grandes spoilers, posso adiantar que as coisas rapidamente fogem do controle, e os dois se encontram sozinhos em uma nova região, sem possibilidade de contato com antigos aliados.

    A partir daí, o jogo se abre para diversas atividades, como explorar, caçar, roubar e realizar quests principais e secundárias. As normas sociais e atividades familiares retornam, somadas a novas possibilidades, como trabalhar como ferreiro e forjar suas próprias armas. À medida que a história avança, a situação política se intensifica, apresentando riscos muito maiores que no jogo anterior.

    Dessa vez, estamos envolvidos na resistência contra Sigismundo, o rei usurpador responsável pela destruição de Skalitz. Isso inclui investigações, espionagens, negociações, infiltrações em fortalezas e, claro, muitas batalhas. Embora o primeiro jogo tenha algumas cenas de ação, nada se compara ao que encontramos em Kingdom Come Deliverance 2, que nos coloca em batalhas intensas com nosso exército.

    Um ponto relevante é que não é necessário ter jogado o título anterior para aproveitar esta sequência, embora conhecer a jornada de Henry e os personagens principais ajude. O novo jogo apresenta diálogos que relembram eventos passados, além de tutoriais sobre suas mecânicas.

    Parceria de Henry e Hans

    É impossível discutir a história de Kingdom Come Deliverance 2 sem mencionar a parceria entre Henry e Hans. Nesta sequência, Hans ganha um papel de maior destaque, e sua relação com Henry evolui ao longo da trama. Essa mudança é positiva, pois oferece uma dinâmica diferente e mais rica do que a solidão de Henry.

    Desde o início, a relação entre os dois é marcada por nuances de sentimentos mais profundos, que culminam em decisões sobre como Henry deve agir em momentos-chave. Independentemente da escolha do jogador em levar a relação para um nível mais íntimo ou mantê-la como amizade, isso acrescenta complexidade ao arco narrativo.

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    A história se torna ainda mais rica e interessante, principalmente quando consideramos o contexto histórico, onde relações que fugissem da norma eram consideradas pecaminosas. O diretor do jogo, Daniel Vávra, enfatizou que todos os elementos na narrativa foram escolhidos de forma a respeitar a possível realidade da Boêmia medieval, permitindo que os jogadores explorem diferentes direções na trama.

    Desenvolvimento dos Personagens

    Não tenho muito a reclamar sobre os personagens, tanto os conhecidos quanto os novos são bem elaborados. Cada um possui sua própria moralidade, o que torna as interações com Henry mais intrigantes. Kingdom Come Deliverance 2 consegue equilibrar momentos sérios e engraçados, evitando que o jogo se torne pesado ou descontraído demais.

    O novo mapa inclui duas regiões inéditas: uma menor, com a cidade de Trosky, e outra maior, que abriga a imponente Kuttenberg, muito superior a Rattay. Ambas são maravilhosas para explorar e ampliam a experiência do jogo, dobrando a área em comparação com o primeiro título. Garanto que você vai querer explorar tudo!

    Exploração e Conteúdo

    O jogo conta com inúmeras missões secundárias e atividades que oferecem uma pausa bem-vinda na luta contra Sigismundo. Concluí o jogo em 60 horas, focando grande parte nas missões principais, e ainda assim há muito mais a ser explorado, especialmente no segundo mapa.

    Durante minha jornada, experimentei poucos bugs, imaginando que a maioria será corrigida em atualizações. Joguei nas configurações de qualidade e performance no PS5, ambas funcionando adequadamente. A trilha sonora é uma parte essencial da experiência, acompanhando momentos de exploração, combate e até os mais dramáticos.

    Pontos a Melhorar

    Embora o combate tenha evoluído, ele ainda pode parecer desajeitado, o que parece intencional para manter a realismo. Cada golpe e defesa exige análise e atenção, tornando os combates desafiadores. Essa característica pode se tornar frustrante ao enfrentar grupos de inimigos, o que pode levar à morte do personagem.

    Outro ponto que gostaria de destacar é a questão da troca de armaduras. O jogo não permite mudar de traje quando você entra em combate, o que pode ser frustrante, pois alguns combate podem surgir sem aviso. Uma solução poderia ser permitir troca de roupas desde que não esteja lutando diretamente.

    Vale a Pena Jogar Kingdom Come Deliverance 2?

    Com base em minha análise, fica claro que Kingdom Come Deliverance 2 vale muito a pena. Contudo, é importante ressaltar que há elementos que podem não agradar a todos, especialmente a mecânica de combate realista. Se você não gosta de gerenciar aspectos do personagem, como alimentação e descanso, talvez este jogo não seja para você. No entanto, se você é fã do primeiro título, pode ir com confiança nesta sequência.

    Com poucos tropeços, a evolução de Kingdom Come Deliverance 2 é notável, trazendo um enredo mais rico e intrigante. Ao final, sinto que deixei algumas perguntas em aberto, o que sugere novas aventuras no futuro do nosso intrépido Henry de Skalitz.

    Pontos Positivos

    • Trama mais interessante e complexa.
    • Ótima dinâmica entre Henry e Hans.
    • Desenvolvimento de personagens mais profundo.
    • Trilha sonora envolvente.
    • Melhorias em todos os sistemas.
    • Qualidade de vida aprimorada no gameplay.
    • Atuação marcante do elenco.
    • Novas regiões incríveis para explorar.

    Pontos Negativos

    • O combate pode ser frustrante em alguns momentos.
    • Impossibilidade de trocar de traje durante combates.
    • Falta de interação com aliados após a conclusão do enredo principal.

    Se você se interessou, fique à vontade para comentar suas impressões sobre Kingdom Come Deliverance 2! Não deixe de conferir também os lançamentos de jogos da semana e outros conteúdos interessantes que enriquecerão sua experiência de jogo.

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