Introdução ao Split Fiction
Split Fiction foi revelado em dezembro de 2024 durante o The Game Awards. Três meses depois, ele está prestes a ser lançado para PC, PS5 e Xbox Series S/X. Este jogo, totalmente cooperativo, segue a linha de outros projetos da Hazelight e explora diversos gêneros clássicos do mundo dos games.
Com uma premissa única, que já é uma marca registrada do estúdio de Josef Fares, o título promete proporcionar uma experiência divertida e cheia de surpresas. Tive a oportunidade de jogar Split Fiction antecipadamente e compartilho minhas impressões na versão do PS5.
Cooperação Obrigatória
É importante destacar que Split Fiction só pode ser jogado em dupla, seja localmente ou online. Não há opção de inteligência artificial para controlar a outra protagonista, então é essencial considerar isso antes de adquirir o game. A boa notícia é que, assim como em It Takes Two, você só precisa comprar uma cópia. Isso garante um “Passe de Amigo”, que permite que você compartilhe uma cópia extra com alguém em qualquer plataforma, já que o jogo oferece suporte a crossplay.
Se você já jogou It Takes Two, sentirá que está em um território familiar. Os protagonistas, Mio e Zoe, são duas escritoras cujas histórias ainda não foram publicadas. Elas encontram uma oportunidade de mudar essa situação, mas acabam presas em uma máquina devido a uma discussão. Nesse mundo virtual, descobrem que os planos da empresa não envolvem a publicação de suas ideias, mas sim o roubo de suas histórias e criatividade.
Desenvolvimento das Protagonistas
No desenrolar da trama, Mio e Zoe precisam trabalhar juntas para escapar dessa situação complicada. À medida que interagem com glitches, elas alternam entre mundos inspirados em suas criações passadas: Mio prefere ficção científica, enquanto Zoe se destaca em histórias de fantasia. Essa dualidade gera um contraste interessante nas fases e nas personalidades das personagens.
Embora as duas não se entendam bem inicialmente, o desenvolvimento de suas histórias e experiências pessoais leva ao fortalecimento de sua amizade ao longo do jogo. Fica claro que a evolução das protagonistas é um dos pontos positivos do game.
Um Gameplay Criativo e Desafiador
Em termos de gameplay, é notável o esforço e a dedicação de Josef Fares e sua equipe. Embora compartilhe semelhanças com It Takes Two, a nova proposta parece ser uma evolução natural, aprimorando diversos aspectos que já eram apreciados no game anterior.
A divisão entre os mundos de sci-fi e fantasia não apenas é divertida, mas também oferece surpresas a cada história. Além disso, cada fase contém tramas secundárias que ajudam a diversificar a experiência e quebrar a monotonia. As histórias secundárias, por exemplo, podem colocar o jogador na pele de um porquinho que se transforma em um cachorro-quente — uma demonstração clara da criatividade do título.
Trabalho em Equipe e Desafios
Diferentemente de It Takes Two, Split Fiction requer ainda mais cooperação entre os jogadores. Enquanto o jogo anterior pedia coordenação em momentos específicos, este novo título exige trabalho em equipe quase o tempo todo. Isso pode se tornar um desafio, especialmente para quem não está acostumado com videogames, já que alguns trechos podem gerar frustração.
As fases e os puzzles são mais complexos e criativos, permitindo melhor interação entre os jogadores, além de lutas contra chefes que se destacam, algo que era considerado um ponto fraco do jogo anterior.
Desempenho e Direção de Arte
A performance do jogo é sólida, rodando muito bem tanto no PC quanto no PS5. O crossplay funciona de maneira satisfatória, com apenas pequenos travamentos ocasionais. Você também pode continuar seu progresso jogando localmente, evitando a necessidade de recomeçar a partida.
A direção de arte é um dos pontos fortes, com cenários variados e visualmente impressionantes. A atuação de Mio e Zoe, com suas personalidades distintas, agrega profundidade à narrativa, tornando a interação entre elas envolvente e natural.
Além disso, a localização para o português é bem feita, o que facilita a imersão dos jogadores brasileiros. No entanto, o preço pode ser um fator limitante, variando entre 200 e 250 reais, mas a inclusão de uma cópia extra é uma vantagem significativa.
Vale a Pena Jogar?
Para resumir, eu posso afirmar que Split Fiction é uma experiência que vale a pena. A dedicação de Josef Fares em inovar é evidente, e o jogo é uma celebração do que os games devem representar: criatividade, diversão e a capacidade de surpreender o jogador continuamente.
Se você já apreciou títulos como A Way Out ou It Takes Two, não hesite: Split Fiction pode se tornar um dos seus favoritos. A proposta de um jogo cooperativo divertido e instigante é evidente, oferecendo uma experiência inigualável.
Prós e Contras
Pontos positivos:
- Puzzles mais complexos;
- Maior necessidade de trabalho em equipe;
- Tramas secundárias divertidas;
- Lutas contra chefes mais intensas;
- Criatividade surpreendente até os últimos momentos.
Pontos negativos:
- Algumas sequências rápidas podem não ser claras;
- Semelhança com It Takes Two pode desestimular alguns jogadores.
Uma cópia de Split Fiction foi disponibilizada pela EA Games para análise no PS5 e PC. O jogo será lançado no dia 6 de março, e fica a pergunta: você está ansioso para jogar o novo título de Josef Fares e da Hazelight? Comente suas expectativas abaixo!