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    Avaliação: Monster Hunter Wilds avança em dois aspectos e retrocede em um

    Minha Experiência com Monster Hunter Wilds

    Desde 2004, quando a franquia Monster Hunter fez sua estreia, venho acompanhando todos os lançamentos. A chegada de Monster Hunter Wilds é como uma antecipação de Natal para mim, pois finalmente temos uma nova entrada na série principal após tantos anos. Historicamente, cada novo jogo tem sido, em sua maioria, superior ao anterior.

    No entanto, Monster Hunter Wilds apresenta uma situação peculiar, diferente da que vimos em Monster Hunter Rise em 2020. Enquanto Rise pode ser considerado um spin-off, Wilds claramente busca se aperfeiçoar a partir de Monster Hunter World. Após cerca de 25 horas de campanha, o que incluiu todos os desafios do High Rank, fiquei com um sentimento agridoce.

    O Ciclo de Caçar Monstros

    Se você não é familiarizado com a franquia, a essência de Monster Hunter Wilds é simples: aceite missões para caçar monstros gigantes, colete recursos e melhore seus equipamentos. É uma estrutura cativante que mantém o jogador entretido.

    O objetivo é sempre encontrar criaturas mais desafiadoras, retornando a monstros mais fracos para coletar materiais necessários para aprimorar suas armaduras e armas. A série conseguiu um grande sucesso ao seguir essa fórmula, evitando os erros de outros jogos do gênero, como microtransações e passagens de temporada. O foco aqui é a experiência de jogo.

    Mudanças Estruturais

    Uma das principais novidades de Monster Hunter Wilds é sua estrutura aberta, abandonando o modelo tradicional que envolvia vilarejos e balcões de missões. O que isso significa? Você pode caçar monstros em sequência sem a necessidade de retornar ao HUB, criando uma experiência mais fluida.

    • Caçar sem interrupções: as missões podem ser iniciadas automaticamente ao clicar no mapa.
    • O novo companheiro, Seikret, acelera a locomoção e pode seguir com um caminho automático.
    • O Sinal SOS permite chamar outros jogadores de forma instantânea para auxiliar nas caças.

    Ainda não há novas armas, mas os movimentos de cada uma foram aprimorados, tornando o combate mais dinâmico e divertido. O novo Modo Foco permite um controle mais preciso dos ataques e introduz uma nova mecânica que melhora o dano extra a partir de ferimentos nos monstros, adicionando uma nova camada de estratégia ao combate.

    Questões a Melhorar

    Apesar das inovações, algumas mudanças podem não ser tão positivas. A interatividade entre monstros e a navegação em mapas grandes foram, em alguns momentos, frustrantes. A dependência do Seikret para facilitar a locomoção pode diluir a conexão que os jogadores têm com os cenários.

    Além disso, a descentralização dos NPCs, com múltiplos acampamentos em vez de um único HUB, torna a coleta de materiais e recursos um tanto confusa. Essa complexidade parece contrabalançar a intenção de simplificação e pode dificultar a experiência até mesmo para jogadores experientes.

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    Narrativa e Apresentação

    Uma mudança significativa é o foco na narrativa, que agora é mais direta. O sistema de progressão se assemelha ao estilo utilizado em RPGs, onde você avança seguindo pontos de exclamação no mapa. Essa abordagem ajuda na clareza da história e permite um desenvolvimento mais envolvente dos personagens e monstros.

    Embora a narrativa seja menos complexa, ela é apresentada de forma mais organizada e interessante, tornando o “tutorial” do jogo mais prazeroso. Monster Hunter Wilds pode ser completado em cerca de 13 horas, mas a verdadeira diversão se encontra no High Rank, onde os desafios se intensificam.

    Desafios no Endgame

    Uma questão que muitos jogadores levantam é sobre a dificuldade no endgame. Em comparação com Monster Hunter World, onde as horas de jogo se estendiam devido aos desafios, Monster Hunter Wilds parece ter um ritmo acelerado que permite completar a experiência principal mais rapidamente. Isso pode deixar os veteranos com uma sensação de que falta algo.

    O desafio de caçar monstros e a necessidade de grind para melhorar seus equipamentos parece ter sido suavizado. Embora o número de monstros seja semelhante ao de títulos anteriores, muitos jogadores sentem que a dificuldade foi reduzida, o que pode afetar a diversão a longo prazo.

    A Seleção de Monstros

    O jogo apresenta uma variedade de monstros, tanto novos quanto clássicos, porém, a ausência de algumas criaturas icônicas da série foi notada. A seleção atual traz novidades, mas muitos veteranos sentirão falta de adversários mais emblemáticos com mecânicas de combate mais complexas.

    Aspectos Técnicos

    Quando se trata dos gráficos, Monster Hunter Wilds não impressiona como esperado. Embora a performance tenha melhorado em relação ao Beta, a otimização parece aquém do que esperávamos em um jogo do tamanho da franquia. O desempenho pode variar dependendo do hardware utilizado, e o uso de DLSS 3 é quase imprescindível para uma jogabilidade suave.

    No entanto, a sonoplastia é um ponto alto, com trilhas sonoras e dublagens de alta qualidade, o que contribui para a imersão no jogo.

    Conclusão

    Monster Hunter Wilds tem muito a oferecer, mas não está isento de críticas. Embora inovações possam facilitar a experiência para novatos, algumas simplificações podem ter diluído a essência que torna a franquia tão amada. Apesar disso, a diversão proporcionada pelo combate e as mecânicas atraentes ainda fazem valer a pena a experiência.

    Ainda há tempo para melhorias e novos conteúdos, e a espera pode trazer ajustes que aperfeiçoem a experiência geral. Quais são suas opiniões sobre as mudanças em Monster Hunter Wilds? Compartilhe nos comentários!

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